quarta-feira, 9 de abril de 2014


Perguntei ao vento

Onde andará o meu amor perdido
Será que existe ou está escondido?
Não o encontro entre as ruínas da vida
Que fez de mim alma triste e sofrida
Julguei encontrá-lo na minha memória
Mas apenas faz parte da minha história.

Irei procurar nas ruínas do meu vazio
Pois no meu coração apenas sinto frio
É areia que escorrer por entre os dedos
Ultrapassa a barreira dos meus medos
Faz-me sentir nua no meio do deserto
Sem encontrar sequer um oásis por perto.

É amor o que sinto em meu peito sofrido
Ausentou-se de mim quando foi perdido
Para além desse dia tive só desilusões
Traumas que obrigam a fugir de paixões
Não quero mais viver um amor fingido
Pois o meu coração de morte está ferido.

Não adianta pensar em amar alguém
Se apenas encontro fingimento,desdém
Se é revolta infinita que no peito mora
Como acreditar que vou ser feliz agora
Apenas sinto na vida dor e sofrimento
Se vou ser feliz eu perguntei ao vento.

De Arlete Anjos
28/03/2014

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